Depois de anos marcados pela pandemia em que as escolas estiveram encerradas, o ano letivo de 2021/2022 traduziu-se numa transição e adaptação à normalidade para milhares de alunos. As desigualdades continuaram a persistir, como revelam os dados divulgados pelo Ministério da Educação.
No topo do ranking das escolas secundárias está o Grande Colégio Universal, no Porto, com uma subida de 10 posições em relação ao ano letivo anterior. Com uma média superior a 16 valores, o Colégio Efanor, em Matosinhos, ocupa o segundo lugar.
Também o Colégio D. Diogo de Sousa, em Braga, o Nossa Senhora do Rosário, no Porto, e a Academia de Música de Santa Cecília estão nos primeiros cinco lugares da tabela.
Quanto aos estabelecimentos de ensino público, estão mais atrás, sobretudo em comparação com o ano letivo anterior.
A escola secundária do Restelo, em Lisboa, é a primeira a aparecer na lista, seguindo-se a escola secundária de Vouzela, no interior do país, a mais de 300 quilómetros de distância.
Com praticamente a mesma média, 13,28 valores, a Escola Básica e secundária dona Filipa de Lencastre, em Lisboa, está logo abaixo e, como é habitual, a escola secundária Dona Maria, em Coimbra, também é das mais bem classificadas dentro do ensino público, com 13,14 de média.
No ranking alternativo que ordena as escolas pelo sucesso alcançado pelos alunos mais carenciados, destaca-se a escola secundária Frei Heitor Pinto, na Covilhã.
96% dos alunos apoiados pela ação social escolar concluíram o secundário sem chumbar, um valor bem acima da média do país para a população com o mesmo perfil socioeconómico.
As escolas secundárias de Alcácer do Sal e Doutor Manuel Fernandes, em Abrantes, também conseguiram níveis de sucesso, tendo 30 pontos percentuais acima da média.
Estes números mostram o trabalho que está a ser realizado nos estabelecimentos de ensino para que os alunos com mais dificuldades económicas tenham menos insucesso escolar.