Saúde e Bem-estar

Entrevista SIC Notícias

Consultas presenciais a hipertensos são essenciais. "Há muita coisa que se perde" à distância"

Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão em entrevista na Edição da Manhã.

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Vítor Paixão Dias, presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, considerou que o último ano, em contexto de pandemia, foi "muito mau" na acessibilidade dos doentes hipertensos aos cuidados médicos.

Na Edição da Manhã da SIC Notícias, disse que os profissionais de saúde estão "assoberbados" com os doentes covid. Mas adiantou que há também "muitos doentes" com receio de ir às consultas, "mesmo em fase aguda da doença".

O especialista considerou que, neste momento, é urgente retomar os cuidados presenciais.

"Uma coisa é estar com o doente à frente e outra é a consulta à distância. Há muita coisa que se perde", defendeu.

Vítor Paixão Dias realça que é preciso "não deixar para trás" estes doentes e "recuperá-los rapidamente". É esse o alerta em destaque no 15.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, que arranca esta sexta-feira e termina no domingo. Este ano decorre em formato virtual.

Sobre a vacinação contra a covid-19 de pessoas com hipertensão, Vítor Paixão Dias defendeu que os que têm um risco vascular aumentado deviam estar "claramente na primeira linha dos doentes a vacinar". No entanto, reconheceu as limitações na vacinação, uma vez que não há doses para toda a gente.

O responsável da Sociedade Portuguesa de Hipertensão lembrou ainda que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal.

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