Saúde e Bem-estar

Estudo revela o impacto social, psicológico e económico do cancro da mama

Estudo foi realizado a pedido da Liga Portuguesa contra o Cancro e o objetivo era perceber de que forma a doença alterou a vida de quem a teve.

Há cerca de seis mil novos casos de cancro da mama por ano e a pandemia fez com que muitos fossem diagnosticados tardiamente
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A Liga Portuguesa contra o Cancro apresentou esta quarta-feira os resultados de um estudo feito a 1.000 pessoas sobre impacto económico e psicossocial do cancro da mama.

O trabalho, desenvolvido a pedido da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) para perceber, junto dos doentes e sobreviventes, de que forma a doença lhes alterou a vida, concluiu que o diagnóstico de cancro da mama levou 41% a recorrerem a ajuda profissional ao nível da saúde mental, metade dos quais com diagnóstico de depressão ou outra perturbação mental.

De acordo com os resultados do estudo o impacto é também sentido com grande intensidade a nível físico, de imagem corporal e na vida sexual.

A maioria dos inquiridos nesta investigação foi diagnosticada com cancro de mama entre 2011 e 2019, 72% está em remissão e 24% está atualmente em tratamento. Apenas 3% da amostra tem doença paliativa e 9% estão a realizar tratamentos para uma recidiva da doença.

O estudo indica ainda que mais de metade dos inquiridos foram forçados a adiar ou a abandonar projetos de vida devido ao cancro da mama, entre eles a intenção de ser mãe ou ter mais filhos (21,1%), de viajar (19,8%) ou de escolher um percurso de carreira diferente (19,7%).

Os dados do inquérito mostram ainda que uma em cada três doentes se sentiu confiante ou esperançosa quando soube que o cancro estava em remissão e que o medo de remissão é apontado como sendo moderado (41%) a elevado (43%) pela maioria (84%).

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