São apenas duas salas, com poucos metros quadrados, mas os suficientes para que, a partir desta sexta-feira, as portas estejam abertas a todas as mulheres do concelho de Lisboa. Principalmente àquelas que, devido à idade, devem fazer mamografias pelo menos de dois em dois anos.
"Estamos a pensar nas mulheres com menos de 50 anos, até porque essas estão mais desprotegidas. Por exemplo, a Liga Portuguesa Contra o Cancro faz a partir dos cinquenta anos e aquilo que diz a Dr. Leonor Beleza, e o que dizem as pessoas que são especialistas, é que com o tempo vamos ter de diminuir essa idade. Mas se vier aqui uma mulher de 60 anos também trataremos (...)", diz Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
O cancro da mama é a doença mais comum entre as mulheres. Em Portugal, são detetados, por ano cerca de 7 mil novos casos e 1.800 morrem com esta doença. O avançar da idade faz aumentar o risco. Uma mulher de 60 anos tem oito vezes mais hipóteses de desenvolver a doença em 5 anos, do que uma mulher de 30.
Sabemos que o cancro está a aparecer vários tipos de cancro, incluindo o cancro da mama em pessoas mais novas, e é preciso uma maior atenção a essas situações, porque, como muitas vezes são cancros apanhados tarde, isso significa que há mortalidade acrescida", explica Leonor Beleza, presidente da fundação Champalimaud.
Os rastreios vão estar disponíveis nos serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa em colaboração com a Fundação Champalimaud.