É à fatia da população que a dita medicina baseada na evidência não responde que medicina de precisão tenta dar uma alternativa. É uma abordagem da prevenção e tratamento de doenças que tem em conta o perfil genético, o estilo de vida e o ambiente de cada um.
Em Portugal, além de ser implementada na oncologia, a medicina de precisão é também aplicada na psiquiatria e neurologia nestas áreas focada sobretudo na à farmacogenética, o estudo da prescrição ou desprescrição de medicamentos e tratamentos baseados no perfil genético do doente.
Quem procura estas consultas de forma espontânea ou referenciada por outro médico quer resolver problemas de reações adversas a medicamentos ou de não eficácia de tratamentos.
Há quem também procure na lógica preventiva e aí evitam-se complicações de saúde e até mortes. Do ponto de vista financeiro há estudos que apontam ser até mais vantajoso
“Conseguiram demonstrar que é custo eficiente, ou seja, que o dinheiro que gastaram compensa aquilo que se ganhava com menos reações adversas. Penso que a conclusão, se eu não estou em erro, foi menos 30% de reações adversas e mais eficácia na medicação, portanto é algo que se vai transversalizar”, explica
Mas este é um caminho lento e com muitos desafios. É preciso especializar médicos e transformar aquilo que ainda é uma abordagem pontual numa realidade transversal no país. Um processo, que está, neste momento, nas mãos do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge .