Aprendemos que a temperatura se mede com um termómetro ou câmaras de infravermelho, mas há uma evolução a caminho. Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto criaram uma tatuagem eletrónica temporária capaz de monitorizar a temperatura e o movimento do corpo.
Tal e qual como nas tatuagem infantis basta um pouco de água para se colar à pele. Pode ser usada para controlar em tempo real a evolução de queimaduras ou na deteção precoce de inflamações, sendo útil para prevenir, por exemplo, escaras em doentes acamados ou monitorizar feridas em diabéticos.
A inovação está na tinta imprimível e também no design. Os dados são depois enviados para um computador ou telemóvel. A biocompatibilidade está garantida já que usam papel de tatuagem comercial. A tinta, com sensores termoelétricos, está numa cápsula e não entra em contacto com a pele.
Para encurtar o salto entre o laboratório e o mercado, o fabrico baseia-se numa técnica antiga. Esta solução também é eficaz para medir a frequência cardíaca com maior conforto e fiabilidade. O objetivo é que esta tatuagem temporária também possa medir o PH, humidade e poluentes. A moda já pegou e deve chegar ao mercado dentro de cinco anos.