Desde a pandemia que os casos aumentam de ano para ano, mas as respostas têm ficado para trás. No Serviço Nacional de Saúde (SNS), o acompanhamento é assimétrico e impossibilita a continuidade dos cuidados.
“Existem muitas famílias cujo centro de tratamento de referência atualmente está muito longe da sua área geográfica. Famílias do Algarve, por exemplo, ou do Alentejo têm de se deslocar até a hospitais como Évora e Santarém para poderem ser seguidos nestas consultas multidisciplinares. Isto acontece um pouco por todo o país. Não facilita de forma alguma a continuidade do tratamento”, diz Mário Silva da Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil
Mais do que ter possibilidade de acompanhamento contínuo, há quem encontre barreiras logo à entrada nos cuidados primários.
Além de cuidados de saúde, as associações alertam para outra lacuna na resposta à obesidade infantil. Em Portugal não há nenhum medicamento para o tratamento que seja comparticipado.
Em março foi anunciado um plano integrado assistencial para a obesidade. Incluía a comparticipação, mas ficou em suspenso com a queda do governo.
O apelo das associações é para que, independentemente do resultado das eleições, o plano seja continuado.