Há mais 38 mil profissionais no Serviço Nacional de Saúde do que havia há sete anos, mas a produtividade decaiu. Quem o diz é o relatório anual do Observatório Português dos Sistemas de Saúde para o qual o serviço público de saúde tem falta de orientação estratégica, precisando de reformas urgentes. O secretario de Estado da Saúde admite disparidades no SNS.
Em 2015, havia 120 mil profissionais a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde. No início do ano, eram 148 mil. Um crédito de quase 30 mil profissionais que não se refletiu numa maior produtividade dos hospitais e centros de saúde.
O relatório anual do observatório português do sistema de saúde é claro. O SNS precisa de mexidas estruturais, de novas formas de organização e de gestão que por um lado melhorem e aumentem a prestação de cuidados e por outro motivem todas as classes profissionais.
O secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, admite que o SNS tem disparidades, mas garante que o Governo está focado em resolver os problemas.
Tal como noutros anos, o observatório realça as dificuldades que os alguns portugueses têm em aceder a cuidados. Cerca de 20% da população que não tem os 600 euros que por ano cada português gasta do seu bolso com saúde.
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