Nas últimas 24 horas, Portugal registou mais 40.945 novas infeções, um novo máximo desde o início da pandemia, e mais 20 óbitos por covid-19. Destaque também para a incidência que continua a subir, fixando-se em 3615,9 casos por 100 mil habitantes a nível nacional.
Os internamentos voltaram a subir. Estão, neste momento, 1.635 doentes hospitalizados (mais 71 em relação a ontem), dos quais 167 (mais 14) em unidades de Cuidados Intensivos.
Mas nem tudo são más notícias. Nas últimas 24 horas, mais 33.482 pessoas recuperaram, sendo já mais de 1,4 milhões (1.438.268) o número total de recuperados desde o início da pandemia.
Há 276.894 casos ativos (mais 7.443 do que ontem) e 236.992 contactos em vigilância (mais 12.262).
Incidência segue a subir mas ritmo abranda
No boletim desta quarta-feira, a DGS atualizou os dados da matriz de risco. A incidência continua a aumentar mas a um ritmo mais lento em comparação com as últimas semanas.
A nível nacional, a incidência é agora de 3615,9 casos por 100 mil habitantes, e de 3615,3 casos por 100 mil habitantes no continente. Na última atualização, divulgada na segunda-feira, a incidência era de 3204,4 a nível nacional e de 3209,1 no continente.
Quanto ao índice de transmissibilidade (Rt) segue a tendência de descida, fixando-se em 1,23 quer a nível nacional, quer no continente. Era de 1,23 na última atualização.
Dose de reforço integrada nos certificados de vacinação
A dose de reforço já foi integrada nos certificados de vacinação, que passam a ter nove meses de validade, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com a informação atualizada pela DGS, a partir de 1 de fevereiro, passará a haver, na União Europeia, um prazo de validade com indicação do esquema vacinal primário: 1/1 (para vacinas de dose única ou para quem recuperou da infeção) e 2/2 (para vacinas de duas doses).
“Os certificados de vacinação que atestem a conclusão do esquema vacinal primário serão aceites até 270 dias (nove meses) após a data de administração da dose que completou o esquema vacinal primário”, indica a informação atualizada pela autoridade de saúde, acrescentando que “os certificados de vacinação que atestem a administração de doses de reforço não estarão sujeitos a um período de aceitação”.
Uma vez que as regras relativas à utilização do certificado de vacinação variam entre países, a DGS recomenda ao viajante, antes de viajar, a verificação das regras de entrada em vigor no país de destino através do portal Re-open EU e dos sítios web das respetivas autoridades do país.
Vírus perde 90% da capacidade de infetar ao fim de 20 minutos no ar
Um estudo da Universidade de Bristol, que ainda não foi revisto pelos pares, indica que o SARS-CoV-2 perde 90% da capacidade de infetar ao fim de 20 minutos no ar – com a maior parte dessa perda a registar-se nos primeiros cinco minutos.
Mais uma descoberta que reforça a importância do distanciamento físico e o uso de máscaras, provavelmente os meios mais eficazes de prevenir o contágio e a doença covid-19. A ventilação dos espaços, embora ainda valha a pena, provavelmente terá um impacto menor na prevenção da transmissão deste vírus.
“As pessoas têm estado preocupadas com espaços mal ventilados e a acreditar que há transmissão por via aérea numa distância de vários metros dentro de uma sala. Não estou a dizer que isso não aconteça, mas acho que ainda assim o maior risco de exposição é quando se está perto de alguém” infetado, disse Jonathan Reid, diretor do Aerosol Research Centre da Universidade de Bristol e principal autor do estudo, ao jornal The Guardian.
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