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Cancro e sofrimento emocional, uma realidade a enfrentar

As declarações dos protagonistas do "Vamos Falar"?", organizado no âmbito do “Tenho Cancro. E depois?”, e realizado em parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro no qual especialistas em saúde mental e oncologia debateram as questões ligadas ao sofrimento emocional dos doentes oncológicos.

“O cancro já não é uma sentença de morte, mas desperta um conjunto de problemas que leva as pessoas a terem medos”, lembra António Reis Marques, psiquiatra colaborador na LPCC e presidente do Colégio da Ordem dos Médicos

“A avaliação, a identificação e a abordagem na área do sofrimento emocional têm que estar muito presentes no nosso dia-a-dia”, acredita Cátia Faustino, oncologista no IPO Porto e membro da Direção da SPO (Sociedade Portuguesa de Oncologia)

“Ao longo de dois anos e meio, têm sido identificados alguns fatores que nos indicam uma necessidade de maior ajuda e resposta psicológica aos doentes”, garante Diogo Marques, consultor da MOAI Consulting

“É preciso tempo de consulta e de preparação mental e emocional para a escuto e registo de este tipo de sofrimento”, alerta Ricardo Teixeira, psicólogo clínico e investigador;

“Estamos de porta aberta para receber os doentes e para trabalhar com as instituições”, reforça coordenadora nacional da Psico-Oncologia da LPCC

“É um direito do doente oncológico que lhe seja questionado se se sente em sofrimento emocional”, sublinha Sónia Silva, psicóloga da LPCC

“Há cerca de 4 em cada 10 pessoas que precisam de ser vistas por um psicólogo e, provavelmente, 2 em 10 que precisam de ser vistas por um psiquiatra”, esclarece Susana Almeida, psiquiatra no IPO Porto e membro da Direção da APPO (Academia Portuguesa de Psico-Oncologia)

“Nós, sociedade, temos que lhes dar apoio (aos doentes oncológicos) e rede onde se possam sustentar porque cada fase tem a necessidade de um apoio específico”, lembra Vítor Rodrigues, ex-presidente da LPCC

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