Vírus mpox

Vacinar contra a varíola comum: como o Reino Unido está a responder à disseminação da varíola dos macacos

Profissionais de saúde e outras pessoas que tenham sido expostas ao vírus serão vacinadas.

Vacinar contra a varíola comum: como o Reino Unido está a responder à disseminação da varíola dos macacos

O Reino Unido iniciou uma corrida para vacinar contra a varíola comum os profissionais de saúde e outros que possam ter sido expostos ao vírus, numa altura em que a varíola dos macacos se está a disseminar pela Europa.

A agência Reuters avança que, no Reino Unido, foram identificados nove casos de varíola dos macacos da estirpe oriunda da África Ocidental.

A varíola dos macacos é uma doença viral, geralmente leve, caracterizada por sintomas como febre e erupção cutânea. Foram registadas duas estirpes principais deste vírus, nomeadamente, a do Congo, que é mais grave, com uma mortalidade de até 10% e a variante da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de 1%.

Apesar de não existir uma vacina específica contra a varíola dos macacos, muitos países têm optado pela vacina contra a varíola comum. Espanha, que regista sete casos, prepara-se para comprar vacinas a um laboratório dinamarquês.

Alguns países possuem grandes reservas da vacina contra a varíola como parte da preparação para uma pandemia, como é o caso dos EUA.

A vacina contra a varíola comum “oferece alguma proteção”, garante o porta-voz da Agência de Segurança Sanitária britânica.

Os dados mostram que as vacinas que foram utilizadas para erradicar a varíola são até 85% eficazes contra a varíola dos macacos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

O primeiro caso confirmado de varíola dos macacos foi registado a 7 de maio por um indivíduo que regressou ao Reino Unido oriundo da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endémica.

O Centro Europeu de Controlo de Doenças Europeu (ECDC) recomendou os países com vacinas contra a varíola a considerar vacinar os contactos próximos de alto risco, “após uma avaliação de risco-benefício”. Numa nota emitida esta quinta-feira, lê-se ainda que, para os casos graves da doença, deve considerar-se o uso de antivirais.

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