Perto de 10% dos inquiridos afirmam que se abstiveram sexualmente no último ano, adianta o livro de Manuel Villaverde Cabral e Pedro Moura Ferreira, que coordenaram o inquérito "Comportamentos Sexuais e a infeção HIV/Sida em Portugal", que decorreu entre 2007 e 2008 a pedido da Coordenação Nacional para a Infecção do HIV/SIDA.
Os coordenadores afirmam que, do ponto de vista da frequência sexual, as mulheres se destacam pelo lado da inatividade, enquanto os homens pela prática mais intensa.
Mais de um terço dos inquiridos (34,1 %) assinalam ter tido apenas um único parceiro ao longo da vida. A prevalência feminina é três vezes superior à masculina (52,0 %, contra 16,1%).
Já 28,3% dizem que há pelo menos cinco anos têm o mesmo parceiro, enquanto 16,8 % referem há menos de um ano.
Menos parceiros à medida que se envelhece
A categoria dos "multiparceiros atuais tem uma expressão de 15,4%". Os homens estão claramente representados, atingindo uma percentagem três vezes superior às mulheres (respetivamente, 23,6 e 7,2%).
O estudo constata "uma tendência para a diminuição do número de parceiros em função do aumento da idade". Os mais jovens apresentam-se mais propensos para novos relacionamentos sexuais em virtude de não terem vínculos afetivos ou conjugais duradouros.
Por exemplo, na classe de três ou mais parceiros a proporção de homens passa de 26,5 %, no grupo de 18-24 anos, para 5,2%, no de 55-65 anos; nas mulheres, os números correspondentes são, respetivamente, de 8,2 e 2,2%.
Diversificação de práticas
O estudo inquiriu também os portugueses sobre a "diversificação" da atividade sexual, contemplando quatro práticas: 'fellatio', 'cunnilingus', sexo anal e sexo sem penetração.
A ordenação decrescente das práticas sexuais coloca na primeira posição o sexo sem penetração, com uma prevalência de 69,5%, seguido de muito perto pelo sexo oral, nas aceções de receber e dar, respetivamente, 67,4 e 62,9%, e termina na prática de sexo anal (37,2%).
"Estes números mostram que as práticas não penetrativas e orais estão bastante generalizadas, enquanto o sexo anal não é praticado pela maioria das pessoas, apesar de mais de um terço dos inquiridos admita tê-lo praticado", refere o estudo.
A diversificação das práticas sexuais divide-se nos que rejeitam a experimentação sexual (21,7%), nos que restringem a experimentação a uma ou duas práticas (23,8%) e os que apresentam o 'reportório' mais alargado (54,5%).
As mulheres referem mais vezes do que os homens uma ausência de experimentação (respetivamente, 26,7 e 16,9%), enquanto estes últimos se superiorizam na classe de quatro práticas (36,7, contra 20,8% das mulheres).
Sobre o início da atividade sexual, o estudo adianta que em três décadas a idade média dos homens recuou menos de um ano (de 17,3 para 16,5 anos), o que "contrasta fortemente com a feminina", cuja idade média desceu de 21,2 para 17,2 anos.
Participaram no estudo indivíduos com idades entre 18 e 65 anos residentes em Portugal Continental e foram validados 3643 inquéritos.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Lusa
Os coordenadores afirmam que, do ponto de vista da frequência sexual, as mulheres se destacam pelo lado da inatividade, enquanto os homens pela prática mais intensa.
Mais de um terço dos inquiridos (34,1 %) assinalam ter tido apenas um único parceiro ao longo da vida. A prevalência feminina é três vezes superior à masculina (52,0 %, contra 16,1%).
Já 28,3% dizem que há pelo menos cinco anos têm o mesmo parceiro, enquanto 16,8 % referem há menos de um ano.
Menos parceiros à medida que se envelhece
A categoria dos "multiparceiros atuais tem uma expressão de 15,4%". Os homens estão claramente representados, atingindo uma percentagem três vezes superior às mulheres (respetivamente, 23,6 e 7,2%).
O estudo constata "uma tendência para a diminuição do número de parceiros em função do aumento da idade". Os mais jovens apresentam-se mais propensos para novos relacionamentos sexuais em virtude de não terem vínculos afetivos ou conjugais duradouros.
Por exemplo, na classe de três ou mais parceiros a proporção de homens passa de 26,5 %, no grupo de 18-24 anos, para 5,2%, no de 55-65 anos; nas mulheres, os números correspondentes são, respetivamente, de 8,2 e 2,2%.
Diversificação de práticas
O estudo inquiriu também os portugueses sobre a "diversificação" da atividade sexual, contemplando quatro práticas: 'fellatio', 'cunnilingus', sexo anal e sexo sem penetração.
A ordenação decrescente das práticas sexuais coloca na primeira posição o sexo sem penetração, com uma prevalência de 69,5%, seguido de muito perto pelo sexo oral, nas aceções de receber e dar, respetivamente, 67,4 e 62,9%, e termina na prática de sexo anal (37,2%).
"Estes números mostram que as práticas não penetrativas e orais estão bastante generalizadas, enquanto o sexo anal não é praticado pela maioria das pessoas, apesar de mais de um terço dos inquiridos admita tê-lo praticado", refere o estudo.
A diversificação das práticas sexuais divide-se nos que rejeitam a experimentação sexual (21,7%), nos que restringem a experimentação a uma ou duas práticas (23,8%) e os que apresentam o 'reportório' mais alargado (54,5%).
As mulheres referem mais vezes do que os homens uma ausência de experimentação (respetivamente, 26,7 e 16,9%), enquanto estes últimos se superiorizam na classe de quatro práticas (36,7, contra 20,8% das mulheres).
Sobre o início da atividade sexual, o estudo adianta que em três décadas a idade média dos homens recuou menos de um ano (de 17,3 para 16,5 anos), o que "contrasta fortemente com a feminina", cuja idade média desceu de 21,2 para 17,2 anos.
Participaram no estudo indivíduos com idades entre 18 e 65 anos residentes em Portugal Continental e foram validados 3643 inquéritos.
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)
Lusa
