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Escalada de violência no Haiti leva estrangeiros a fugir do país

Gangues armados que controlam grande parte de Port-Au-Prince estão a estender-se aos bairros da periferia da capital.

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Os estrangeiros começaram a fugir do Haiti, onde a violência continua a tomar conta das ruas. O país está em guerra civil e o caos é cada vez mais profundo.

Os combates entre os vários gangues armados e as forças da ordem estão a obrigar tanto haitianos como os estrangeiros a fugirem da capital, Port-Au-Prince.

Os Estados Unidos estão a organizar uma operação militar para a retirada dos mais de mil e 600 norte-americanos que vivem na parte haitiana da ilha caribenha.

Os gangues que controlam grande parte da capital estão a estender-se aos bairros da periferia da cidade, até agora zonas calmas, perante a aparente impotência do exército e da polícia.

Há cadáveres espalhados pelas ruas de alguns subúrbios de Port-Au-Prince porque as famílias têm medo de recolher os corpos devido aos tiroteios constantes.

As escolas, bancos, lojas e serviços públicos continuam fechados, há esquadras incendiadas e o principal aeroporto internacional do país está fechado.

Os gangues também invadiram as duas maiores cadeias do país e libertaram mais de quatro mil prisioneiros. Exigem eleições livres e que seja o povo a escolher o próximo presidente e governo.

O Haiti está sem chefe de Estado desde 2021 e o primeiro-ministro demitiu-se na semana passada. Ariel Henry divulgou numa mensagem à nação prometendo que se afastará assim que estiver em funções um conselho presidencial de transição, que terá de chegar a acordo sobre um novo chefe de governo e abrir caminho a eleições presidenciais.

Nos últimos dias, mais de 20 mil pessoas, entre haitianos e estrangeiros já fugiram da capital, Port-Au-Prince.

Dezenas de pessoas foram mortas e cerca de 17 mil ficaram desalojadas devido à violência.