Durante um mês abriu-se uma nova janela para o mar profundo do pacífico, onde a escuridão faz companhia à mais surpreendentes criaturas. No total, os investigadores acreditam que tenham sido descobertas mais de cem novas espécies marinhas.
Celso, que trabalha no CIIMAR, da Universidade do Porto, foi o único investigador de Portugal nesta expedição, que contou com mais 20 cientistas de outras nacionalidades. Dedica-se sobretudo ao estudo de esponjas e foi aqui que houve a maior surpresa ao largo do Chile: perto de 50 novas espécies vão começar agora a ser descritas.
O ROV - veículo operado remotamente - fez mergulhos até aos 2.100 metros de profundidade, demorando em média uma hora e meia a descer e outra a subir. Estava lá em baixo cerca de 8 horas a filmar, recolher amostras e registar parâmetros.
A expedição aproveitou também para fazer o mapeamento de montes submarinos.
A investigação focou-se, sobretudo, nos parques marinhos Juan Fernández e Nazca Desventuradas. O governo chileno já adotou medidas de restrição de pesca nestes dois locais.