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Rui Rocha acusa Pedro Nuno de “exercício hipócrita” em carta a Montenegro

O líder da Iniciativa Liberal considera que o secretário-geral do PS optou pelo tacticismo. Rui Rocha afirma ainda que PSD tem de dizer se vai ficar “atrelado” a reivindicações da função pública.

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O presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, acusou, esta tarde, Pedro Nuno Santos de “fazer um exercício profundamente hipócrita”, ao enviar ao primeiro-ministro uma carta, definindo um conjunto de matérias em relação às quais está disponível a chegar a acordo com o PSD, para aprovar um orçamento retificativo. O líder liberal fala em “tacticismo” por parte do secretário-geral socialista.

Na carta em causa, Pedro Nuno Santos destaca a disponibilidade para aprovar “a valorização das carreiras e dos salários dos trabalhadores da Administração Pública, em especial dos profissionais de saúde (de todos, não apenas dos médicos), das forças de segurança, dos oficiais de justiça e dos professores”.

Ora, Rui Rocha questiona o motivo pelo qual o líder socialista quer vincular estas medidas a um orçamento retificativo e a razão pela qual esses compromissos não são válidos além deste documento.

“Estas declarações de recetividade para compromisso com prazo marcado num período de 60 dias, ainda por cima vindas de um partido que não quis resolver estas questões, é o mais puro tacticismo”, acusa o líder liberal.

“Tira qualquer valor a esta disponibilidade que é manifestada”, salienta.

“O que não percebo é que se acha que há um problema para resolver, mas só no retificativo. É um exercício profundamente hipócrita”, acusa o líder liberal.

Rui Rocha diz ainda pretender saber se o Governo de Luís Montenegro está disponível “para transformar realmente o país” ou se vai “estar sempre atrelado” às reivindicações de algumas categorias profissionais da função pública - que, ressalva, “merecem respeito”. Para o presidente da IL, o Executivo tem de mostrar se vai, ou não, ser “o governo de todos os outros portugueses” que, sublinha, têm problemas por resolver, como, por exemplo, a Habitação.

"Espero ser positivamente surpreendido, mas do que conheço do programa eleitoral e da visão partilhada, ficaremos aquém daquilo que o país precisa", atirou Rui Rocha, assegurando que os liberais vão estar presentes para “desafiar” e fazer propostas ao Executivo da Aliança Democrática.