Meses após receberem alta médica, grande parte dos doentes infetados com covid-19 ainda apresentam sintomas da doença.
Segundo dados preliminares de um estudo da Universidade de Oxford, sintomas como falta de ar, fadiga, ansiedade ou depressão podem manter-se dois a três meses após a infeção.
Neste estudo aos impactos da covid-19 a longo prazo, os cientistas detetaram ainda falhas em vários órgãos e admitem que alguns sobreviventes da doença possam vir a sofrer de inflamação persistente.
Os números
Participaram neste estudo um total de 58 pacientes, internados entre março e maio. Desses, 64% continuavam a queixar-se falta de ar e 55% de fadiga dois a três meses depois de contraírem o vírus.
Foram ainda detetadas “anormalidades” nos pulmões de 60% dos pacientes, nos rins de 29%, no coração de 26% e no fígado de 10% dos doentes. Também se registaram alterações em partes do cérebro em alguns dos pacientes.
“Estas descobertas sublinham a necessidade de explorar detalhadamente os processos associados à covid-19 e de desenvolver um modelo um modelo holístico e integrado de atendimento clínico para os nossos pacientes depois de terem recebido alta hospitalar”, disse a responsável pelo estudo, Betty Raman.
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