O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, falou hoje, via telefone, com o Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, indicando ao líder nigeriano que os Estados Unidos estavam "prontos para enviar uma equipa ao país para discutir qual seria a melhor forma de ajudar" nos esforços para encontrar as jovens estudantes, explicou a porta-voz do Departamento de Estado.
O Presidente nigeriano "saudou" a oferta, mas os detalhes da operação vão ser ainda determinados, acrescentou Jennifer Psaki, em declarações à comunicação social.
Washington também propôs colocar esta equipa de coordenação na embaixada norte-americana em Abuja, capital da Nigéria. A equipa será composta por militares norte-americanos, responsáveis das forças de ordem e peritos em situações de sequestro.
A porta-voz afirmou que John Kerry irá reunir-se hoje com o Presidente norte-americano, Barack Obama, indicando que o rapto das jovens nigerianas será "um ponto importante" do encontro.
"O Presidente pediu-nos para fazer tudo ao nosso alcance para ajudar o governo nigeriano a encontrar e a libertar todas" as estudantes, concluiu a representante.
O líder do grupo extremista islâmico Boko Haram reivindicou na segunda-feira o sequestro das raparigas, afirmando na mesma altura que as jovens serão tratadas como "escravas", "vendidas" e "casadas" à força.
Hoje, o jornal local The Vanguard, citando testemunhas, avançou que presumíveis membros do Boko Haram tinham raptado mais oito raparigas, entre os 12 e os 15 anos, de uma localidade do norte da Nigéria.
Os fundamentalistas do Boko Haram pretendem criar um estado islâmico no norte da Nigéria, essencialmente muçulmano, ao contrário do sul, onde os cristãos estão em maioria.
Só este ano, mais de 1.500 pessoas morreram em ações atribuídas ao grupo extremista.
A Nigéria, com cerca de 160 milhões de habitantes, é o país mais populoso de África.
Lusa