Crise no CDS-PP

Líder do CDS quer adiar as eleições diretas do partido para preparar legislativas

Decisão é tomada esta sexta-feira, no Conselho Nacional extraordinário.

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O Presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, quer adiar as eleições diretas do partido para preparar as eleições legislativas. Nuno Melo fala em tentativa de golpe de estado institucional. A decisão é tomada esta sexta-feira, no Conselho Nacional extraordinário. Entretanto, a comissão política do partido esteve reunida.

Com eleições legislativas à vista, os partidos tentam arrumar a casa a tempo de ir a votos. No CDS, de um lado, fala-se em adiar o congresso marcado para 27 e 28 de novembro. Do outro, fala-se em medo e golpe de estado institucional.

"O CDS é um partido estruturante e fundador da democracia e vive hoje o primeiro ato de uma tentativa de golpe de estado institucional que eu quero denunciar e repudiar vivamente", afirmou Nuno Melo, candidato à liderança do CDS-PP.

O eurodeputado criticou também a convocatória, de um dia para o outro, do Conselho Nacional extraordinário marcado de urgência para sexta-feira com o intuito de deliberar "sobre a realização do XXIX Congresso Nacional" e defendeu que teria de ser "convocado com pelo menos 48 horas de antecedência".

Já o vice-presidente do CDS, Pedro Melo, diz que a proposta de adiamento do Congresso, sugerida por Francisco Rodrigues dos Santos, não é inédita e aconteceu por duas vezes – em 2003 e 2013.

A decisão cabe ao Conselho Nacional, que se reúne esta sexta-feira à noite de forma extraordinária.

Esta sexta-feira, o líder do CDS vai reunir com Rui Rio, do PSD, em Aveiro, para discutir a atual situação política, depois do chumbo do Orçamento do Estado.

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