Ébola

Britânico que morreu na Macedónia não estava infetado com Ébola

O cidadão britânico que morreu na quinta-feira em Skopje, na Macedónia, não estava infetado com o vírus do Ébola, indicaram as análises realizadas na Alemanha, anunciou hoje o Ministério da Saúde macedónio.  

(Reuters)

"Acabámos de receber os resultados do laboratório na Alemanha e são negativos. O paciente não tinha Ébola", disse o representante do Ministério da Saúde da Macedónia, Jovanka Kostovska, numa conferência de imprensa em Skopje.

Kostovska acrescentou que também não surgiram sintomas nas 25 pessoas que desde quinta-feira estavam instaladas no hotel com o cidadão britânico, ou em nenhuma das dez pessoas que com ele contactaram na unidade de doenças infeciosas do hospital.

Depois destes resultados, o hospital vai proceder à autópsia do cadáver do cidadão britânico de 58 anos que deu entrada com vómitos e hemorragia interna, tendo morrido subitamente, poucas horas depois.

O homem, cujo nome não foi revelado, chegou à Macedónia 02 de outubro, proveniente de Londres, e segundo testemunhos de amigos não terá viajado previamente para qualquer país afetado com o vírus do Ébola.

Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde, a epidemia de Ébola já causou a morte de mais de 3.800 pessoas, num conjunto de oito mil infetados.

A Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, Estados Unidos e Espanha.

O primeiro caso de contágio fora de África foi detetado, no início do mês, em Espanha e estão oito pessoas internadas em observação num hospital de Madrid.

O Ébola, que se transmite por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.

Em Portugal, os hospitais de referência definidos para atender estes casos são o Curry Cabral e o D. Estefânia, em Lisboa, e o São João, no Porto.

 Lusa