Eusébio no Panteão

CDS-PP considera que se justifica transladação do corpo de Eusébio para Panteão Nacional

O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, considerou hoje que o papel de Eusébio na promoção do nome de Portugal justific  a deposição dos seus restos mortais no Panteão Nacional. 

Eusébio (Lusa/Arquivo)
TIAGO PETINGA

Questionado pela Lusa, Nuno Magalhães considerou natural que o tema  seja discutido na próxima conferência de líderes, quarta-feira, defendendo  que, a haver uma resolução, ela deveria ter tomada por unanimidade. 

"Na nossa opinião, tendo em atenção o papel que Eusébio da Silva Ferreira  teve na promoção do nome de Portugal, as alegrias e o orgulho que deu aos  portugueses e, sendo qualificado e bem por pessoas de diferentes quadrantes  como "um símbolo nacional, naturalmente que se justifica que seja trasladado  para o Panteão Nacional", afirmou. 

Sobre esta questão, a presidente da Assembleia da República, Assunção  Esteves, frisou hoje que a a decisão cabe ao parlamento e, sublinhando falar  em nome pessoal, acrescentou não excluir essa possibilidade. 

O líder parlamentar do PS, Alberto Martins, requereu hoje a Assunção  Esteves que o tema seja agendado para discussão em próxima conferência de  líderes parlamentares.  

A lei prevê que as "honras do Panteão destinam-se a homenagear e a perpetuar  a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados  ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares,  na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística  ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa  humana e da causa da liberdade".  

As honras podem consistir na deposição dos restos mortais no Panteão  e na "afixação no Panteão Nacional da lápide alusiva" alusiva à vida e obra  dos cidadãos distinguidos.  

A lei prevê ainda que as honras de Panteão Nacional não poderão ser  concedidas "antes do decurso do prazo de um ano sobre a morte dos cidadãos  distinguidos".  

O antigo jogador de futebol Eusébio da Silva Ferreira morreu no domingo,  aos 71 anos. O seu corpo vai hoje a enterrar no cemitério do Lumiar, em  Lisboa. Nascido a 25 de janeiro de 1942 em Moçambique, na então cidade de  Lourenço Marques, atual Maputo, Eusébio destacou-se ao serviço do Benfica  e da seleção portuguesa de futebol, nos anos 60 e 70, ficando conhecido  como "pantera negra".  

Foi distinguido como melhor jogador de futebol europeu com a Bola de  Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro por ter sido o melhor marcador  europeu das épocas 1967/68 e 1972/73.  

No mundial de futebol de Inglaterra de 1966, em que Portugal ficou em  terceiro lugar, Eusébio foi considerado o melhor jogador e foi o melhor  marcador, com nove golos. 

 

     

 

Lusa