"É o rosto da democracia em Portugal. A ele todos nós devemos hoje a democracia no nosso país", afirmou a governante, que "em homenagem" a Mário Soares se escusou a falar sobre outros assuntos da atualidade.
Questionada pela agência Lusa, à margem da inauguração do cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora, em Caminha, Constança Urbano de Sousa acrescentou trata-se de uma perda para "o país e para todos os portugueses".
"É uma enorme tristeza para todos nós", frisou, realçando o minuto de silêncio respeitado durante a inauguração da sala de espetáculos que assinalou o centenário dos bombeiros voluntários de Vila Praia de Âncora, em Caminha, no distrito de Viana do Castelo.
Na sequência do anúncio da morte do ex-Presidente, o Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira.
Soares desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura, foi fundador do PS e Presidente da República.
Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares foi fundador e primeiro líder do PS, e ministro dos Negócios Estrangeiros após a revolução do 25 de Abril de 1974.
Primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, foi Soares a pedir a adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e a assinar o respetivo tratado, em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.
Lusa