Na reação à manchete do Expresso, sobre as ligações do caso "Panama Papers" e a alegados pagamentos a José Sócrates, Francisco Proença de Carvalho fala em insinuações e especulações graves e lamenta que o ex-presidente do BES não tenha sido contactado sobre a matéria.
Nas malhas da investigação dos milhões descobertos pelo Panama Papers encontra-se a Operação Marquês, segundo o Expresso. Transferências feitas a partir da Espírito Santo Enterprises de offshores podem ser a explicação que faltava ao Ministério Público para concluir o inquérito crime contra José Sócrates e avançar com uma eventual acusação.
A equipa do Departamento Central de Investigação e Ação Penal aguardava há vários meses para saber qual seria a versão dos factos de Hélder Bataglia, o homem forte do Grupo Espírito Santo em Angola e no Congo, presidente da Escom e suspeito de ter passado 12 milhões para contas de Joaquim Barroca, do Grupo Lena.
Ora, Bataglia admitiu ao jornal Expresso e à TVI que as transferências foram feitas a partir do chamado saco azul do GES, a Espírito Santo Entreprises que aparece nos Panama Papers e por onde terão passado 300 milhões de euros de pagamento a destinatários não identificados.