O dirigente nacional da organização ambientalista, que está na Madeira, lamentou o facto de "os cenários mais graves" para os quais várias entidades, incluindo a Quercus, alertaram, se estejam a confirmar.
No entender do responsável, a "situação catastrófica" que se vive atualmente no Funchal e em alguns concelhos limítrofes devido às fortes chuvas é também consequência das "construções junto aos leitos das linhas de água, dos lixos, terras e entulhos que têm sido despejadas dentro das ribeiras e da impermeabilização cada vez maior dos solos".
"Estes são fatores que agora nesta situação mais delicada acabam por significar, infelizmente, perdas de vidas humanas e uma destruição enorme de bens materiais", criticou, explicando que as "ribeiras estão quase todas a galgar, há pontes destruídas e muitos carros arrastados".
De acordo com Hélder Spínola, é fundamental que "de agora em diante se faça uma revisão da forma como ordenamos o território" e se assegure que "tudo não continue na mesma, como já aconteceu no passado".
É também preciso "repensar a estratégia que tem vindo a ser seguida de ocupar os espaços, independentemente de eles estarem em zonas de risco" , realçou Hélder Spínola.
"É fundamental que não se continue a fazer isso. Existem situações que veem de erros do passado, mas presentemente continuam a ser desenvolvidas obras e construções nessas mesmas circunstâncias", criticou.
(Este texto foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico)
Lusa