"O conflito passou da fase política para uma fase militar", disse o primeiro-ministro, citado pela agência France Presse.
"Hoje, as tropas russas começaram a disparar sobre os nossos soldados". É um crime de guerra", acrescentou.
Iatseniuk pediu a convocação de uma reunião dos ministros da Defesa da Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido, garantes da integridade territorial da Ucrânia enquanto signatários do tratado de 1994, "para evitar uma escalada".
As declarações de Iatseniuk foram feitas depois de homens armados terem atacado uma base militar ucraniana em Simferopol, capital da Ucrânia, fazendo um morto e um ferido.
Segundo o porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano na Crimeia, Vladislav Selezniov, um oficial morreu na sequência de ferimentos de bala no pescoço e num ombro e um outro militar ficou ferido.
"Todos os militares da base foram detidos e foram-lhes confiscadas as identificações e o dinheiro. Retiraram-nos da base, puseram-nos em fila e desarmaram-nos", disse o porta-voz.
Horas antes, em Kiev, o comandante da Marinha da Ucrânia, Sergui Gaiduk, afirmou que os comandantes militares russo e ucraniano na Crimeia vão reunir-se às 18:00 locais (16:00 em Lisboa) para "discutir a atual situação e medidas específicas para prevenir uma escalada na Crimeia".
O Kremlin anunciou hoje que considera a Crimeia parte da Federação Russa, após a assinatura, em Moscovo, de um tratado bilateral para a integração daquela república autónoma na Rússia.
Forças militares - russas, segundo Kiev, pró-russas, segundo Moscovo - tomaram a península da Crimeia no início de março, após a destituição do presidente ucraniano Viktor Ianukovich e a formação de um governo apoiado pela União Europeia e os Estados Unidos.
Lusa