"Hoje chegámos a acordo sobre um pacote de medidas militares. Vamos ter mais aviões no ar, mais navios na água e mais prontidão em terra", disse à imprensa o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, no final de uma reunião dos embaixadores dos 28 Estados membros.
Rasmussen recusou indicar que novas forças vão ser destacadas e para onde, mas afirmou que haverá mais saídas aéreas sobre o Mar Báltico e mais navios neste mar e no leste do Mediterrâneo.
A decisão vai ser aplicada "imediatamente" e haverá outras decisões nas próximas semanas, disse, sublinhando contudo que a Aliança Atlântica continua a defender uma solução política para a crise.
Desde o agravamento da tensão entre a Ucrânia e a Rússia, em finais de fevereiro, a NATO tomou algumas medidas, entre as quais o reforço das patrulhas aéreas nos países bálticos e na Polónia.
Rasmussen assegurou que a NATO estará ao lado de qualquer aliado em face de qualquer ameaça e que as medidas anunciadas respeitam totalmente os compromissos internacionais da Aliança e inscrevem-se na sua política de dissuasão.
O secretário-geral repetiu por outro lado o apelo à Rússia para "fazer parte de uma solução" na Ucrânia, não desestabilizar o leste do país, retirar as tropas junto à fronteira e tornar claro que "não apoia" forças extremistas.
O reforço de medidas de "defesa coletiva" foi pedido pelos 28 países membros da NATO depois da anexação pela Rússia da península ucraniana da Crimeia e da desestabilização do leste do país por forças pró-russas.
Com Lusa