Voo MH370

Primeiro-ministro da Malásia quer rever sistema de segurança dos aeroportos

O primeiro-ministro da Malásia afirmou hoje que o sistema de segurança dos aeroportos malaios vai ser revisto, depois de ter sido divulgado que dois passageiros que embarcaram no avião desaparecido da Malaysia Airlines tinham passaportes roubados. 

(EPA/ Arquivo)
MAURITZ ANTIN

O voo 370, que transportava 239 pessoas, desapareceu no sábado de manhã  nas águas entre a Malásia e o Vietname, pouco depois de ter descolado do  aeroporto internacional de Kuala Lumpur. 

"Vamos rever todos os protocolos de segurança e, se necessário, vamos  melhorá-los", afirmou o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, ao jornal  'The Star', citado pela AFP. "Se necessário, porque ainda não sabemos a  causa do acidente", sublinhou. 

O avião deixou de aparecer nos radares do controlo aéreo. Vários países  sul-asiáticos já iniciaram investigações ao acidente mas ainda não foi reportado  nada de concreto. 

Um oficial da aviação civil da Malásia disse que as autoridades acreditam  que dois passageiros daquele voo tinham passaportes roubados e que estão  a examinar filmagens da CCTV. 

Entretanto, segundo a imprensa, um cidadão chinês, cujo número de passaporte  estava na lista de passageiros do voo da Malaysia Airlines não estava, afinal,  a bordo do avião. 

Anteriormente, o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein,  tinha dito que o Governo está a estudar - em parceria com agências de segurança  de vários países, incluindo o FBI, nos Estados Unidos - a possibilidade  de se ter tratado de um ato terrorista. 

A BBC confirmou que um passageiro usou um passaporte italiano falso  e que outro usou um passaporte austríaco também falso, sendo que os dois  compraram os bilhetes ao mesmo tempo. 

Os dois passageiros compraram a viagem na China Southern Airlines, que  tem um acordo com a Malaysia Airlines, e os bilhetes tinham números consecutivos.

Os passaportes dos verdadeiros detentores dos documentos tinham sido  roubados na Tailândia nos últimos anos. 

Lusa