Cultura

Parvalorem vai pedir levantamento da medida sobre coleção Miró decretada pelo tribunal

O presidente da Parvalorem, Francisco Nogueira  Leite, revelou hoje à agência Lusa que a empresa vai pedir o levantamento  da medida provisória decretada pelo tribunal que impede a saída da coleção  Miró do país. 

(Arquivo Reuters)
© Suzanne Plunkett / Reuters

Na quinta-feira , o Ministério Público (MP) anunciou que tinha interposto  uma terceira providência cautelar no Tribunal Administrativo de Círculo  de Lisboa (TACL), para impedir a venda das obras de Miró, e que esta tinha  sido aceite. 

Na nota à imprensa divulgada nesse dia, a Procuradoria-Geral da República  (PGR) afirmava que tinha pedido "o decretamento provisório dessa providência  cautelar, com o objetivo de evitar a amplamente noticiada saída das obras  do país até ao final do mês de abril", e que "a medida provisória foi decretada  pelo tribunal". Francisco Nogueira Leite disse hoje à Lusa que a empresa  ainda não foi notificada pelo tribunal, mas assim que isso acontecer, vai  pedir o seu levantamento". 

"Vamos fazer isso, tanto mais que soubemos que no próprio dia em que  deu entrada esta terceira providência cautelar no tribunal, o MP tinha pedido  as mesmas medidas preventivas no âmbito da segunda providência cautelar,  ainda em curso, e foram liminarmente rejeitadas", afirmou. 

São duas decisões contraditórias do tribunal sobre a mesma matéria",  conclui o presidente da Parvalorem. 

Francisco Nogueira Leite revelou ainda à Lusa que já recebeu a autorização  de saída da coleção que tinha sido pedida à Direção-Geral do Património  Cultural (DGPC), entidade a quem compete avaliar estes casos. 

"Temos essa autorização de saída das obras de Miró passada pela DGPC,  que não encontrou nenhum impedimento", disse ainda o responsável, afirmando-se,  também por isso, surpreendido com o surgimento de novas ações judiciais  por parte do MP". 

 

    Lusa