Cultura

Baguete francesa candidata a património imaterial da UNESCO

Baguete francesa candidata a património imaterial da UNESCO
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França quer chamar a atenção para o crescente desaparecimento das padarias tradicionais.

O Ministério da Cultura francês anunciou esta sexta-feira que a baguete será a candidata gaulesa a Património Cultural Imaterial da UNESCO, pretendendo com isso chamar a atenção para o crescente desaparecimento das padarias tradicionais por todo o país.

A baguete parisiense impôs-se face aos telhados de zinco da capital e ao festival do vinho de Arbois, dois ícones nacionais também na corrida para esta distinção, sendo assim a próxima candidata francesa a património imaterial cultural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) informaram as autoridades francesas em comunicado.

"Se esta candidatura nacional for coroada com sucesso na UNESCO, a inscrição deste elemento vai permitir que ganhemos consciência que uma prática alimentar que faz parte do nosso quotidiano, partilhada por todos e natural, constitui um património por direito próprio", pode ler-se no comunicado do Ministério da Cultura.

As autoridades francesas mostram-se preocupadas com o "decréscimo constante" de padarias, especialmente nas zonas rurais, esperando com esta candidatura chamar a atenção para este problema.

"Em 1970 havia 55.000 padarias artesanais em França e hoje apenas 35.000, havendo um acréscimo na venda de baguetes produzidas industrialmente", acrescentou o comunicado.

Esta especialidade do pão francês data formalmente do início do século XIX.

A decisão do comité da UNESCO sobre a baguete e as restantes candidaturas agora apresentadas um pouco por todo o Mundo será conhecida no final de 2022.