No carro, em casa, a praticar desporto, a passear o cão, numa simples ida às compras, a música faz-nos companhia. Mas nem todas nos deixam felizes. Algumas fazem-nos recordar momentos menos bons e outras, até, recusamos ouvir pelas memórias que nos trazem (normalmente más). Mas há ou não músicas felizes ou que provocam felicidade a quem as ouve? Há sim, garante a ciência.
O professor Michael Bonshor, que leciona psicologia da música na Universidade de Sheffield, revelou recentemente que encontrou a combinação perfeita, a receita para uma música feliz.
Os ingredientes são: “uma ideia/palavra chave, sete acordes, 137 batidas por minuto, quatro batidas em cada compasso, e uma estrutura de verso-refrão-verso-refrão”.
Mas há músicas que conhecemos que correspondem a esta receita? A resposta é sim. Aliás, a música que melhor se enquadra neste padrão de Michael Bonshor é o clássico de 1966 “Good Vibrations” dos Beach Boys, seguindo-se “I Got You” de James Brown, “Get The Party Started” de Pink, e “Uptown Girl” de Billy Joel.
"Sete acordes acrescentam interesse à canção. Normalmente, os acordes usam três notas, sete acrescentam uma nota extra que dá uma sensação de tensão e alívio", disse o professor ao jornal The New York Post.
Para testar o sucesso (ou não) desta fórmula, os produtores Jamie P. e Oliver Price criaram uma faixa feliz, que designaram “The Lighter Note”, e partilharam-na no SoundCloud.
A faixa feliz foi depois alvo de um pequeno inquérito a que responderam duas mil pessoas. Destas 71% revelou que a música teve impacto no seu humor e 64% admitiram mesmo que ouvem a música para acordar com… alegria, claro está.