Começou por ser um monólogo baseado em momentos vividos por Beatriz Batarda enquanto professora de teatro. Mais tarde, percebeu que faltavam as vozes dos alunos, que agora se fazem ouvir em destaque na peça que está em cena no Teatro São Luiz.
“Promovi uma serie de encontros com antigos alunos e trabalhei em cinco encontros ao longo de uma semana e colaboraram 43 jovens de escolas de teatro, artes plásticas, música, dança”, contou, em entrevista à SIC Notícias, Beatriz Batarda.
Dos 43 ouvidos, foram escolhidos seis antigos alunos. Cada um representa uma virtude. A sétima, que é a Justiça, é interpretada por Rita Cabaço, uma exceção à forma como o elenco foi selecionado.
A peça C., Celeste e a Primeira Virtude, escrita e encenada por Beatriz Batarda é um debate que levanta questões sobre a liberdade, o papel da arte, do poder e do amor, com temas que considera urgentes por representarem os medos e as inquietações que assombram as gerações mais novas.
“A parte mais difícil foi interpretar um texto que eu própria escrevi, porque o sentido crítico afina-se e tudo parece ainda mais frágil”, revelou Beatriz Batarda.
Esta é a primeira vez que escreve uma peça de teatro destas dimensões, com a duração de uma hora e 50 minutos, em cena até 22 de abril, em Lisboa, mas já lotação está esgotada. No entanto, ainda vai passar por Guimarães, Viseu, Loulé e Lagos.