O festival MEO Kalorama regressa a Lisboa, no Parque da Bela Vista, de 31 de agosto a 2 de setembro e já estão confirmados nomes como os Blur, Arcade Fire, Florence + The Machine, Yeah Yeah Yeahs e The Prodigy.
Os Blur foram o último concerto anunciado, encerrando assim o cartaz do festival. Andreia Criner, diretora de Comunicação do MEO Kalorama, revela que a presença da banda britânica foi inesperada.
"Foi um anúncio surpresa, uma feliz coincidência a nível de disponibilidade dos Blur (...) já tínhamos encerrado o cartaz com a banda The Prodigy e para o mesmo dia acrescentámos esta atuação surpresa dos Blur."
Depois de ter passado pelo festival Primavera Sound no Porto, a banda Blur termina assim a digressão europeia no festival Kalorama, com um novo disco apresentado no final do mês de julho.
"Temos um concerto novinho em folha e com temas novos", disse Andreia Criner à SIC Notícias.
O festival surge ainda com um cariz social, sendo que por cada bilhete vendido, um euro reverte para duas associações locais, a BaticAmigo e o Grupo Comunitário da Flamengo, responsáveis por investir posteriormente as verbas na melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Chelas.
O Parque da Bela Vista recebe pela segunda vez o MEO Kalorama. Andreia Criner reconhece que "durante cerca de um mês" o festival terá "algum impacto no ambiente", contudo, a sustentabilidade é um "compromisso obrigatório" e um dos pilares centrais do festival.
"Temos três pilares: a música, a arte e a sustentabilidade (...) a sustentabilidade vai muito para além da questão ambiental, por isso, o meio envolvente onde decorre o festival é para nós um ponto fundamental", referindo ainda que no século XXI não faria sentido um festival não se preocupar com ‘aquilo que pode provocar a nível ambiental’".
A Diretora de Comunicação revela que é importante "integrar a comunidade dentro do festival", para isso implica contratar artistas locais, "em parceria com a associação Chelas é o Sítio", fundada e gerida pelo rapper português Sam The Kid.
"Temos por exemplo, na produção artística, quatro artistas locais que se integram nos 16 artistas nacionais que temos no festival (...) dentro do pilar da sustentabilidade é fundamental integrar a comunidade (...) isso para nós também ajuda a minimizar o impacto que causamos (...) é uma forma de retribuirmos socialmente e economicamente", revelou.
Relativamente ao projeto artístico, que ainda não foi revelado, Andreia Criner revela que à semelhança da edição anterior, o festival irá manter "a parceria com os Underdogs", contudo este ano serão "mais ambiciosos".
“A arte é central para nós (...) o local onde decorre o festival já é um local de arte por si, Marvila já é um centro de arte urbana em Lisboa (...) é uma capital de arte”, disse.
A segunda edição do festival vai contar com cinco palcos, mais dois do que no ano anterior. Um dos palcos será dedicado à música eletrónica. Em 2022, o MEO Kalorama contou com 32% de público estrangeiro.