A guitarra faz parte do espólio que Carlos Paredes doou à Sociedade Portuguesa de Autores, que também conta com fotografias.
Do pai, Artur Paredes herdou o talento musical e foi com ele que começou a tocar aos 4 anos, na cidade natal de Coimbra mas foi em Lisboa, onde chegou com 6 anos, que começou a explorar uma forma única de tocar.
Mas o reconhecimento não o afastou do trabalho como arquivista no Hospital de São José nem da companheira de palco e de vida, Luísa Amaro.
Filiado no PCP, Carlos Paredes foi preso pela PIDE e esteve detido durante ano e meio.
O livro “Carlos Paredes - a guitarra de um povo” acompanha o percurso de vida e artístico, como a atuação em 1968 no festival Vilar de Mouros, onde também tocaram Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira, ou o apoio de Amália, que o levou pela primeira vez ao estrangeiro, a França mas não só.
Com a guitarra criava um corpo único que hipnotizava plateias.
Em 1992, Carlos Paredes foi diagnosticado com uma doença degenerativa que lhe prendeu os movimentos mas não o impediu de gravar o derradeiro álbum.
O livro “Carlos Paredes - a guitarra de um povo” que assinala o centenário do mestre da guitarra portuguesa conta com lançamento inédito do concerto no Teatro Carlos Alberto, no Porto, em 1984.