Desporto

Barcelona pós-Messi: clube continua em crise

Treinador Ronald Koeman diz que jogador ajudou a esconder o que corria mal.

Loading...

A crise no Barcelona continua e o futuro do treinador tem sido tema de debate em Espanha, com Ronald Koeman a dizer que Messi ajudou a esconder o que corria mal no clube e que esta época ninguém pode esperar milagres.

São dias díficeis aqueles que se vivem no clube da Catalunha.

Depois da saída de Lionel Messi, 7.º lugar ao fim de quatro jogos, com cinco pontos de atraso para o líder Real Madrid.

Na antevisão ao jogo com o Cádiz, a conferência de imprensa não teve direito a perguntas.

Koeman entrou na sala, leu uma declaração e saiu.

"O clube está comigo como treinador, numa situação de reconstrução, Temos de reconstruir a equipa de futebol sem poder fazer grandes investimentos financeiros. Ficar num dos primeiros lugares do campeonato seria um êxito. Quanto à Liga dos Campeões, não podemos esperar milagres", disse o técnico.

Entretanto, o Barcelona garantiu que não vai reagir ao comunicado porque o objetivo passa por dar tranquilidade à equipa.

Aos jornalistas espanhóis, Koeman fez uma declaração, mas à imprensa dos Países Baixos, foi mais longe.

"O Lionel Messi escondia tudo. Era muito bom e ganhava. Claro que tinha bons jogadores à sua volta, mas ele fazia a diferença. Graças a ele, todos pareciam melhores. Isto não é uma crítica, apenas uma observação", referiu Koeman.

O presidente do clube, Laporta, tem recusado comentar o futuro do treinador e prefere pedir apoio e calma aos adeptos.

"Continuem a apoiar a equipa até ao fim. A equipa precisa. E estejam tranquilos. Sabemos o que tem de ser feito e vamos resolver a situação", disse o presidente catalão.

No último verão o Barcelona ficou sem Messi, Griezmann e outros que saíram do clube, tendo a difícil situação financeira obrigado a vendas e reduções de salário.

Piqué, Busquets, Jordi Alba, Sergi Roberto, Umtiti e Dembelé, atuais jogadores, já sofreram um corte no ordenado ou estão a negociar com o clube, pois foi esta a forma encontrada para inscrever Kun Aguero e para a reestruturação.

O banco americano Goldman Sachs emprestou cerca de 500 milhões de euros e deu um período de carência de três anos a Laporta para recuperar o clube da crise financeira e desportiva, com o empréstimo a dividir-se em duas tranches, só devendo começar a ser pago no verão de 2024.

O Barcelona é adversário do Benfica na Liga dos Campeões e visita o Estádio da Luz dia 29 deste mês.

Veja também:

Treinador do Barcelona pede "tempo e paciência" para reconstruir equipa

Treinador do FC Barcelona diz que saída de Messi "destapou" os problemas que já existiam