No balneário do Restelo, a seleção portuguesa fez a festa depois de confirmado o apuramento para o campeonato do mundo na Austrália. É a terceira vez na história, a segunda consecutiva depois de 2007 e 2023, que Portugal vai disputar um Mundial de râguebi.
“Com este modelo de apuramento, tínhamos a obrigação de estar presentes no Mundial de 2027. Acho que não quebrámos, acho que voltámos a dizer que Portugal tem uma palavra a dizer no râguebi mundial e estamos muito felizes por isso”, afirma Tomás Appleton, jogador da seleção nacional.
Austrália 2027 deixou de ser apenas um sonho e tornou-se realidade. A seleção nacional de râguebi acrescentou um capítulo a uma história que já não é de agora.
As vagas do campeonato do mundo aumentaram de 20 para 24. A prestação de Portugal e a vitória frente às Fiji no Mundial de França tiveram influência na decisão. Quatro vagas exclusivamente para seleções do velho continente. A chegada às meias-finais do Rugby Europe Championship dá, pela primeira vez na história, acesso ao Mundial.
“Estes jogos ditam muita coisa do que é o futuro do râguebi português. E vamos encarar estes jogos provavelmente como os jogos mais importantes da seleção nos últimos anos”, diz Tomás Appleton.
A receita estava dada e os lobos seguiram a fórmula do capitão. Ao intervalo venciam 26-20. No fim, celebrava-se no Restelo. Vitória por 40-30, com direito a ponto de bónus. Portugal estava mais perto do que nunca da Austrália.
“Acho realmente que isto pode levar o râguebi português para outra dimensão e vamos trabalhar esta semana para domingo estarmos mais prontos que nunca”, diz José Lima, jogador da seleção nacional.
O Centro de Alto Rendimento do Jamor recebeu o estágio da seleção. Foram semanas intensas de treinos e não só. A confiança da seleção unia-se à vontade de carimbar o passe para a Austrália. Fazia-se contagem decrescente para o jogo decisivo e para a hora do reconhecimento.
Portugal só precisava de um empate com a Alemanha para garantir a qualificação, mas os Lobos quiseram mais. Apito final no Restelo: vitória categórica por 56-14.
“Mais do que uma geração de ouro, somos uma geração que pode revolucionar isto um bocado”, afirma Zé Maria Rebello de Andrade, jogador da Seleção Nacional.