Economia

Governo apresenta resultados da 11ª avaliação da troika às 18h30

Está marcada para as 18h30 uma conferência de imprensa sobre 11ª avaliação da troika, na sede do Conselho de Ministros.

Nos dados que serão divulgados deve-se ficar a conhecer também se Portugal cumpriu o défice orçamental de 5,5% acordado com a troika (Arquivo SIC)

O Governo deverá anunciar, desde logo, uma revisão em alta do cenário macroeconómico, uma vez que a Comissão Europeia já admitiu que a economia pode crescer 1,3 por cento este ano, quando a última previsão apontava para os 0,8%.

Neste que foi o penúltimo exame ao programa, um dos temas mais polémicos foi o dos cortes salariais no setor privado que, ao que a SIC apurou, criou um clima de forte tensão entre o Governo e a troika nas reuniões da última semana. FMI e Comissão Europeia defendem que os salários precisam de ser reduzidos, ideia que o executivo rejeita por considerar que o ajustamento no setor privado já está feito.

Para o setor público, terão sido discutidos os cortes salariais temporários. Não só por via da tabela remuneratória única, mas também dos cortes nos suplementos. A troika quer que estas reduções sejam permanentes.

O mesmo com os cortes nas pensões: Governo e troika terão discutido a reforma do sistema para assegurar poupanças permanentes, que garantam a sustentabilidade.

A menos de três meses do fim do resgate, terá começado a ser discutido o pós-troika, mas o Governo continua a não se comprometer com o modelo de saída do programa - limpa ou cautelar - e a troika não terá manifestado uma preferência. Terá insistido, isso sim, na necessidade de consensos alargados para implementar e até aprofundar as reformas estruturais, que têm de continuar depois do final do resgate.

Desta 11ª avaliação depende um cheque de 2500 milhões de euros.