Economia

Portugal registou em 2013 quarta maior taxa de subemprego da UE

Quase metade dos trabalhadores a tempo parcial  em Portugal encontravam-se em situação de subemprego em 2013, o que representa  a quarta taxa mais elevada da União Europeia, segundo um inquérito do Eurostat  sobre o mercado de trabalho hoje divulgado em Bruxelas. 

(Arquivo Lusa)
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De acordo com o inquérito do gabinete oficial de estatísticas da UE, 45,9% dos trabalhadores portugueses em 'part time' encontravam-se no ano  passado em situação de subemprego, ou seja, desejariam e estariam disponíveis  para trabalhar mais horas, sendo este valor superado apenas pela Grécia  (72%), por Chipre (59%) e Espanha (57,4%), e muito acima da média quer da  União (22,7%), quer da zona euro (22,1%).  

No extremo oposto, Holanda (4,2%) e Luxemburgo (10,3%) foram os Estados-membros com taxas mais baixas de trabalhadores a tempo parcial em situação de subemprego.

Segundo os dados do Eurostat, 12,9% das pessoas com emprego em Portugal em 2013 tinham trabalho a tempo parcial, pelo que, em termos absolutos,  5,9% dos trabalhadores portugueses encontravam-se em situação de subemprego.

No total, havia no ano passado na UE cerca de 10 milhões de trabalhadores a tempo parcial em situação de subemprego, das quais 263 mil em Portugal.

A estes números juntam-se os do desemprego, que, de acordo com os dados mais recentes do Eurostat - referentes a fevereiro de 2014, e divulgados  a 01 de abril -, está fixado em Portugal nos 15,3%, atingindo 35% da população  jovem.  

O Eurostat estima que haja atualmente 25,9 milhões de desempregados na União Europeia, 18,9 milhões dos quais no espaço monetário único, sendo  a Grécia e a Espanha, de forma destacada, os países mais atingidos pelo  desemprego, apresentado taxas de 27,5% e 25,6%, respetivamente (no caso  grego os dados referem-se a dezembro). 

 

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