Confiança dos consumidores e clima económico sobem ligeiramente em janeiro
O indicador de confiança dos consumidores portugueses recuperou "de forma ténue" em janeiro para o valor mais elevado desde maio de 2002, enquanto o indicador de clima económico interrompeu o perfil negativo, aumentando "ligeiramente", divulgou hoje o INE.
© Jose Manuel Ribeiro / Reuters
Segundo os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores do Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores recuperou "de forma ténue" em janeiro, registando o valor mais elevado desde maio de 2002 e retomando a "acentuada tendência ascendente" observada desde o início de 2013.
Quanto ao indicador de clima económico, aumentou "ligeiramente" em janeiro, interrompendo o perfil negativo iniciado em setembro.
De acordo com o INE, no primeiro mês de 2015 o indicador de confiança aumentou na indústria transformadora, na construção e obras públicas e no comércio, tendo-se agravado nos serviços.
Já a recuperação do indicador de confiança dos consumidores refletiu o contributo positivo das expectativas relativas à evolução da poupança, da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, "mais expressivo" no primeiro caso.
O aumento "ténue" do indicador de confiança da indústria transformadora teve o contributo positivo das perspetivas de produção e das apreciações sobre a procura global, enquanto as opiniões sobre a evolução dos 'stocks' de produtos acabados contribuíram negativamente.
Quanto ao aumento do indicador de confiança da construção e obras públicas, traduziu uma recuperação das perspetivas de emprego, já que as opiniões sobre a carteira de encomendas agravaram-se.
No comércio, o indicador de confiança recuperou "ligeiramente", refletindo o contributo positivo das apreciações sobre o volume de vendas e das perspetivas de atividade, "mais significativo" no primeiro caso, tendo as opiniões sobre o volume de 'stocks' contribuído negativamente.
Quanto ao indicador de confiança dos serviços, diminuiu em janeiro devido ao agravamento das opiniões sobre a atividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas, uma vez que as perspetivas de evolução da procura estabilizaram.
Não considerando médias móveis de três meses, o indicador de confiança dos serviços aumentou em janeiro.