Economia

Greve dos estivadores precários paralisa Porto de Setúbal e compromete Autoeuropa

Há mais de uma semana, desde a passada terça-feira dia 06 de novembro, que o Porto de Setúbal está praticamente paralisado devido ao braço de ferro dos estivadores precários com a empresa de trabalho portuário Operestiva, que recusa rasgar contratos assinados para a integração dos precários. Segundo a imprensa de hoje, a contenda está a pôr em causa a produção da Autoeuropa que já tem cerca de seis mil carros parqueados na fábrica de Palmela, no Porto de Setúbal e até na base Aérea do Montijo. Atingida a capacidade de armazenamento, pode estar em causa a produção na terceira maior empresa exportadora do país.

Greve dos estivadores precários paralisa Porto de Setúbal e compromete Autoeuropa

Ainda ontem o SEAL, o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística, veio reafirmar que pretende "converter trabalho precário em permanente e condições indignas em modelo de dignidade para os trabalhadores dos portos", em resposta a acusações da AGEPOR.

A Associação dos Agentes de Navegação de Portugal denunciou na segunda-feira o que disse ser "a inexistência de trabalho portuário nos terminais de contentores de Setúbal, sem que esteja decretada uma greve ao trabalho em horário normal", e pediu a intervenção do Ministério Público.

A greve ao trabalho suplementar, decretada pelos estivadores do SEAL, decorre até 01 de janeiro de 2019 em defesa da liberdade de filiação sindical e abrange os portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores).