A polémica das últimas semanas tem-se centrado em Vítor Constâncio e no empréstimo feito pela Caixa Geral de Depósitos em 2007 a Joe Berardo.
Mas, curiosamente, seis anos antes, em 2001, o Banco de Portugal foi particularmente duro na crítica ao BCP de Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal, alegando que à época o BCP andava a emprestar avultadas quantias de dinheiro a grandes acionistas para que estes comprasseem ações do próprio banco, sendo que a única garantia que estes clientes davam eram as ações do próprio banco.
Meia dúzia de anos depois, o mesmo Banco de Portugal acabou por dar luz verde a Berardo e à CGD para que fizessem exatamente o mesmo.
O recuo na história prova que esta prática de emprestar dinheiro para a compra de ações de bancos, em que a única garantia eram as próprias ações, começou com Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal.