A empresa de handling Groundforce foi declarada insolvente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Para o juiz está incapaz de cumprir os pagamentos aos credores. Deve cerca de 13 milhões à ANA, 260 mil euros à TAP e cerca de 1,8 milhões de euros à Fidelidade. No entanto, com a seguradora já há um acordo de pagamento da dívida.
Em comunicado, a TAP refere que é "uma solução transitória que melhor permite restaurar a confiança na gestão da Groundforce."
Logo após a decisão do tribunal, o Governo e a TAP já reuniram com os trabalhadores da Groundforce para garantir que os contratos e as prestações de serviço não estão em risco.
Até à conclusão deste processo os acionistas da Groundforce deixam de poder gerir a empresa. Só quando o plano de recuperação estiver aprovado é que o Montepio, que nesta altura é o detentor das ações da Pasogal, volta a ter autonomia para poder vender.
Na sentença foram nomeados dois administradores de insolvência e uma comissão de credores, onde também está a TAP. A Pasogal, acionista maioritária da Groundforce, já reagiu e lança críticas ao Tribunal e ao Governo.
Em comunicado diz que "ao aceitar o pedido de um devedor e não de um credor, o Tribunal abre um precedente que a PASOGAL considera inaceitável e torna a própria decisão incompreensível. (...) Esta decisão deve ser objeto de recurso para um tribunal superior."
A primeira reunião da Comissão de Credores acontece a 22 de Setembro. O encontro vai decidir o plano de recuperação da Groundforce.
Veja mais:
- Tribunal decreta insolvência da Groundforce
- Insolvência da Groundforce. "Trabalhadores vão trabalhar normalmente no período de transição"
- Groundforce com passivo de 42,3 M€ para ativo de 23 M€ em 2020
- Groundforce lamenta que insolvência impeça "caminho de regresso à normalidade"
- Sitava desconvoca greve de julho e agosto na Groundforce
- Groundforce. Alguns sindicatos desconvocam greve, outros mantêm os pré-avisos
- Turismo, TAP e Groundforce