O Banco Central Europeu anunciou esta quinta-feira a maior subida de sempre nas taxas de juro: 75 pontos-base.
José Gomes Ferreira, em análise na SIC, afirma que este aumento "vai agravar a vida financeira do Estado, famílias e empresas".
"Ficamos com 1,25% de juros do Banco Central Europeu aplicado ao dinheiro que empresta aos bancos", explica.
Este aumento está relacionado com a discussão que se assiste desde segunda-feira, com a mudança no calculo das pensões, diz Gomes Ferreira.
“Tem exatamente a ver com uma pressão das instituições europeias, nomeadamente do BCE e da Comissão Europeia (…), no sentido de dizer contenham lá muito a despesa porque isto vai endurecer."
José Gomes Ferreira explica que o “Ministério das Finanças faz uma projeção sobre o gasto total do Estado” e avisa que “se aumentarem as pensões de acordo com a fórmula, que apontava para 7,1% ou 8%, há um problema”.
Este aumento incide sobre as três taxas de juro diretoras do BCE e é o segundo consecutivo deste ano.
A taxa de juro das principais operações de refinanciamento passa de 0,50% para 1,25%, a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez de 0,75% para 1,50% e a taxa aplicada à facilidade permanente de depósito de 0% para 0,75%.
Esta subida tem efeitos a partir de 14 de setembro.