A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte deve mais de 2,5 milhões de euros a centenas de enfermeiros e de secretários clínicos das unidades de saúde familiar (USF) modelo B, avança o Jornal de Notícias (JN). Estes profissionais estão desde o início do ano a receber metade do valor a que têm direito pelo bom desempenho presado em 2021.
"É previsível que a situação fique regularizada até ao final do ano", adiantou fonte da ARS Norte ao JN.
Os médicos não estarão a ser afetados pelos atrasos no pagamento dos incentivos, que num contexto de crise e de perda de poder de compra das famílias, a situação prejudica ainda mais os profissionais afetados.
USF-AN questiona Ministério da Saúde sobre atraso no pagamento
A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN) já solicitou um pedido de esclarecimento sobre o tema à tutela e exigiu a regularização dos incentivos financeiros no próximo mês e o cumprimento da lei.
“Estamos no final de novembro de 2022 e deparamo-nos com a falta de pagamento dos Incentivos Financeiros aos Enfermeiros e Secretários Clínicos das USF em modelo B, referentes ao acerto de 50% relativos ao ano de 2021”, pode ler-se no comunicado publicado no site da USF-AN.
A associação lamenta que “uma vez mais, sem qualquer justificação clara por quem de direito e sabendo, de acordo com os nossos governantes, que não é por falta de verbas, centenas de profissionais das USF são privados do pagamento dos incentivos legalmente previstos, resultantes do seu desempenho qualitativo”.
No final do documento, a USF-AN refere que exige à tutela o devido pagamento dos Incentivos Financeiros no próximo mês e mais uma vez, o cumprimento da Lei.
“Tendo em conta estes incumprimentos, acreditamos que as ordens profissionais e os sindicatos do setor agirão em conformidade”, sublinha a associação.