O PS pondera chamar ao Parlamento os responsáveis políticos envolvidos na privatização da TAP.
Em 2015, negócio fechado, a TAP passava a ser privada. Presentes no negócio estiveram pelo menos Isabel Castelo Branco e Miguel Pinto Luz, secretários de Estado do Tesouro e dos Transportes, os acionistas da Atlantic Gateway, David Neeleman e Humberto Pedrosa e o Presidente da Parpublica Pedro Ferreira Pinto.
Eurico Brilhante Dias, Presidente do Grupo Parlamentar do partido socialista, admitiu que informação está a ser recolhida, procurando-a diretamente à TAP, e irá ser avaliado “se chamamos a este hemiciclo, em particular à comissão de Economia, os responsáveis políticos que estavam em funções no momento da privatização da TAP.”
Apesar de no momento do negócios não estarem presentes Maria Luís Albuquerque e Miguel Morais Leitão, ministros das Finanças e da Economia, nem Sérgio Monteiro, o ex-secretário de Estado dos Transportes, que preparou o dossier da privatização da companhia antes de sair do Governo, são também nomes a ter em conta.
"Nós precisamos de perceber não só o quadro dessa operação de compra de aviões por parte da TAP, como também precisamos de perceber a responsabilidade política de um Governo que esteve em funções menos de um mês e que terá privatizado a TAP doze dias depois de ter tomado posse”, afirmou o líder parlamentar do PS.
A privatização da TAP deu a David Neeleman e Humberto Pedrosa o controlo de 61% da companhia. Neeleman, decidiu adquirir 53 aeronaves a preços inflacionados, negócio esse que se encontra na mira das autoridades, pois a companhia pode ter sido lesada em mais de 400 milhões de euros.
O partido socialista, quer levar este tema a parlamento, de modo ao ministério público perceber se a TAP está mesmo a pagar mais que os concorrentes pelos mesmos aviões e se alguém saiu beneficado com o negócio.