O PS pondera chamar ao Parlamento os responsáveis políticos envolvidos na privatização da TAP.
Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS ,afirmou "Nós precisamos de perceber não só o quadro dessa operação de compra de aviões por parte da TAP, como também precisamos de perceber a responsabilidade política de um Governo que esteve em funções menos de um mês e que terá privatizado a TAP 12 dias depois de ter tomado posse”.
David Neeleman, o dono da companhia brasileira azul e o empresário português, Humberto Pedrosa, foram os escolhidos pelo, na altura, governo de Passos Coelho, para ficar com a TAP e resolver o difícil dossier da privatização da transportadora.
Ainda antes da assinatura formal, Neeleman, decidiu adquirir 53 aeronaves em troca de um financiamento de 211 milhões para a sua própria companhia, negócio que pode ter lesado a TAP em mais de 400 milhões de euros.
Um parecer jurídico de 2015 da sociedade de advogados Viera da Almeida entregue na parpública, a empresa tutelada pelas finanças, que gere as participações do estado, revela que o executivo não só sabia como validou o negócio com a airbus. Esse parecer, data a 12 de novembro, o mesmo dia em que se assinaram os últimos papeis da venda, dois dias antes o governo de Passos Coelho tinha caído e estava em gestão quando se fecho a privatização.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República reagiu que: "Não há comissões parlamentares de inquérito, penso que há neste momento. O que se tiver de apurar, apure-se de uma só vez."
Além da questão política, o negócio dos aviões terá infrnigido as regras da concorrência penalizando a companhia em vários milhares de euros, já que os aparelhos terão sido comprados acima do preço de mercado.