Economia

Governo de Passos Coelhos validou negócio de Neeleman na TAP

O negócio que pode ter lesado a transportadora em 400 milhões de euros teve, afinal, o conhecimento de Pedro Passos Coelho.

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O PS pondera chamar ao Parlamento os responsáveis políticos envolvidos na privatização da TAP.

Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS ,afirmou "Nós precisamos de perceber não só o quadro dessa operação de compra de aviões por parte da TAP, como também precisamos de perceber a responsabilidade política de um Governo que esteve em funções menos de um mês e que terá privatizado a TAP 12 dias depois de ter tomado posse”.

David Neeleman, o dono da companhia brasileira azul e o empresário português, Humberto Pedrosa, foram os escolhidos pelo, na altura, governo de Passos Coelho, para ficar com a TAP e resolver o difícil dossier da privatização da transportadora.

Ainda antes da assinatura formal, Neeleman, decidiu adquirir 53 aeronaves em troca de um financiamento de 211 milhões para a sua própria companhia, negócio que pode ter lesado a TAP em mais de 400 milhões de euros.

O jornal eco, avançou que, afinal o governo de Passos Coelho não só sabia do “esquema” usado por Neeleman para comprar a TAP em 2015 como o terá validado.

Um parecer jurídico de 2015 da sociedade de advogados Viera da Almeida entregue na parpública, a empresa tutelada pelas finanças, que gere as participações do estado, revela que o executivo não só sabia como validou o negócio com a airbus. Esse parecer, data a 12 de novembro, o mesmo dia em que se assinaram os últimos papeis da venda, dois dias antes o governo de Passos Coelho tinha caído e estava em gestão quando se fecho a privatização.

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República reagiu que: "Não há comissões parlamentares de inquérito, penso que há neste momento. O que se tiver de apurar, apure-se de uma só vez."

Além da questão política, o negócio dos aviões terá infrnigido as regras da concorrência penalizando a companhia em vários milhares de euros, já que os aparelhos terão sido comprados acima do preço de mercado.