As notícias vindas do outro lado do Atlântico fizeram as ações de vários bancos europeus cair a pique. Reunidos em Bruxelas, a propósito do Eurogrupo, os ministros das Finanças da zona Euro, dizem estar atentos, mas garantem que não há razões para alarme.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, abordou esta segunda-feira, em Bruxelas, a falência do Silicon Valley Banl (SBV), assegurando que o sistema bancário europeu é "mais robusto".
Depois do Silicon Valley Bank ter anunciado falência, na passada sexta-feira, Fernando Medina explicou ainda que o SVB era "um banco regional", muito "especializado" e destacou a forma como as autoridades americanas lidaram com a situação.
O ministro das Finanças português afirmou que o sistema europeu tem mais regras e existe a supervisão do Banco Central Europeu.
Por seu lado, o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, sublinhou não haver "qualquer contágio direto" para o sistema bancário europeu, na sequência da falência do SVB.
Mesmo sem grandes riscos, o regulador financeiro alemão decidiu impor uma moratória à subsidiária do SVB em Frankfurt. Já no Reino Unido, centenas de empresas tecnológicas tinham depósitos na subsidiária britânica do SVB.
Os riscos para o setor levaram a uma intervenção do Governo britânicos e o HSBC, o maior banco europeu e um dos maiores do mundo, acabou por comprar, por cerca de um euro, toda a operação do banco norte-americano em Londres.
A venda da subsidiária britânica do banco norte-americano ao HSBC não só salvou empresas e postos de trabalho, mas também evitou gastos de dinheiro público.