Entre segunda e quarta feira terão saído das contas do banco na Europa e nos Estados Unidos mais de 400 milhões de euros. Este valor representa uma gota de água no volume de transações do Credit Suisse, mas é mais um sinal que as coisas não estão a correr bem.
"É absolutamente natural que (...) os clientes do banco não se sintam particularmente confortáveis, apesar de haver uma grande probabilidade de os depósitos no Credit Suisse não estarem em causa", considera Filipe Garcia, analista de mercados.
Depois do banco Central da Suíça ter avançado com um financiamento de emergência de 51.000 milhões de euros, os mercados acalmaram e as ações do Credit Suisse recuperaram, mas o sol foi de pouca dura. Esta sexta-feira chegaram a cair 13,5%.
O Governo Suíço continua a avaliar possibilidades e uma delas seria uma fusão do Credit Suisse com o maior banco do país, o UBS. A agência Bloomberg avança que os bancos não são propriamente fãs da ideia e que a admitem apenas como último recurso.
Como se tudo isto não bastasse do outro lado do Atlântico chegam más notícias. Um conjunto de investidores norte-americanos vai processar o banco. Acusam o Credit Suisse de ocultar informação relevante e afirmam mesmo que o relatório de contas de 2021 tem dados falsos e enganadores.