Economia

Há mais famílias a renegociar o crédito habitação, mas bancos estão a dificultar

Com o fim das moratórias e o aumento das taxas de juro, a única opção para famílias é a renegociação. Mas há casos em que os bancos estão a recusar uma nova análise dos contratos.

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A rápida subida dos juros no crédito à habitação colocou muitas famílias em dificuldades financeiras. Há cada vez mais pessoas a pedir para renegociar os créditos, mas os bancos estão a dificultar a revisão dos contratos.

Nos últimos 12 meses, o número de renegociações de crédito à habitação disparou. Com o aumento da taxa Euribor, pagar a casa ao banco implica um esforço cada vez maior para muitas famílias portuguesas.

De acordo com o Jornal de Negócios, no período entre junho de 2022 e maio de 2023, foram feitos novos contratos de crédito para a compra de casa no valor de 17 mil milhões de euros. Destes, 3,8 mil milhões correspondem a renegociações.

Com o fim das moratórias e o aumento das taxas de juro, a única opção para famílias é a renegociação. Procurar melhores condições e evitar incumprimentos. Mas há casos em que os bancos estão a recusar uma nova análise dos contratos.

No final do ano passado, o Governo avançou com uma iniciativa que obriga os bancos a renegociar nos casos em que haja uma taxa de esforço igual ou superior a 36%.

A DECO Proteste prevê que o cenário possa agravar-se nos próximos meses, uma vez que a política de subida de juros vai continuar.

O Governo admite ajustar os apoios e avançar com novas medidas complementares, até porque as novas regras que facilitam a renegociação terminam no final deste ano.