Economia

Habitação: valor do metro quadrado aumentou 8% face a 2022

A avaliação das casas voltou a subir em junho. O metro quadrado vale em média 1518 euros. O Banco de Portugal diz que as famílias estão a pedir menos dinheiro para comprar casa, mas o crédito ao consumo aumentou.

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Apesar da avaliação bancária continuar a subir, os aumentos têm sido cada vez menos expressivos. Em junho, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano da avaliação bancária na habitação foi de 1518 euros por metro quadrado. Um aumento de 8 euros face a maio. É, portanto, uma subida de 0,5%, a mais baixa desde março deste ano.

Se comparamos o valor médio da avaliação bancária deste ano com o mesmo período do ano passado, o valor médio subiu quase 8%. Mesmo assim, o número de casas avaliadas pelos bancos foi menor.

Avaliaram 23 mil habitações em junho, menos 1% do que em maio e menos 21% do que em junho do ano passado. O aumento mais expressivo foi na região autónoma dos Açores, enquanto o Algarve teve o aumento menos expressivo.

A avaliação dos apartamentos foi a que mais subiu.

Já os bancos emprestaram em junho, 99,5 mil milhões de euros para comprar casa, uma queda de 100 milhões face a maio. Os dados do banco de Portugal revelam também que face a junho do ano passado, a taxa de variação diminuiu 0,4%.

Ou seja, as famílias estão a pedir menos dinheiro emprestado ao Banco para comprar uma habitação, são consequências do aumento das taxas de juro que fez disparar as prestações mensais para quem tem crédito.

O que aumentou foi o crédito ao consumo, mais de 20 mil milhões de euros, foi quanto as famílias portuguesas pediram emprestado.

Em sentido inverso, estão as empresas que pediram às instituições financeiras mais de 74 mil milhões de euros. Trata-se do maior aumento mensal deste ano, mas se comparamos com o mesmo período do ano passado, houve uma decréscimo superior a 2%.

Quando os depósitos dos particulares aumentaram em junho para 174,9 mil milhões de euros, um aumento de 1,2 mil milhões de euros face ao mês de maio.

Mesmo com esta subida, houve um decréscimo de 3% nos depósitos face ao mesmo período do ano passado.

Coincidência ou não, o aumento dos depósitos das famílias acontece no mês em que o governo cortou nos juros dos certificados de aforro. Inverte-se assim a fuga das poupanças das famílias do bancos, que desde o inicio do ano foi de quase 8 mil milhões de euros.