Economia

Euribor a 3, 6 e 12 meses: saiba quanto deverá subir a prestação em cada caso

Vêm aí novas subidas na prestação do crédito habitação para os contratos revistos em setembro. Fizemos as contas e mostramos-lhe exemplos do aumento para a Euribor a 3, 6 e 12 meses.

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O montante total emprestado pelos bancos para a compra de casa desceu pela primeira vez desde 2018, dados revelados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. Enquanto isso, já é certo que vão haver novas subidas nas prestações, no caso dos contratos revistos em setembro.

O maior embate vai ser nos empréstimos com Euribor a 12 meses e é fácil perceber porquê. Se durante um ano a prestação não mexeu, agora leva de uma vez só com a subida total dos juros nos últimos tempos.

Se a dívida for de 150 mil…

Pelas contas da DECO, e no caso de uma dívida de 150 mil euros com Euribor a 12 meses, a prestação que estava nos 573 euros há um ano aumenta em setembro para 804 euros. São mais 231 euros por mês.

Euribor a seis meses

O aumento será bem menor no caso da Euribor a seis meses, porque a prestação já foi atualizada em março dos atuais 728 euros, subirá para 799 são mais 71 euros mensais.

Euribor a três meses

A subida mais leve é nos contratos com Euribor a três meses. A prestação é alterada quatro vezes ao ano e já foi, por isso, incorporando grande parte do agravamento dos juros. Passa dos 748 euros fixados em julho para 785 em setembro, ou seja, mais 37 euros.

A escalada das taxas dura há mais de um ano e a boa noticia é que se vislumbram sinais de abrandamento.

“A de três meses ainda mantém a tendência de subida, embora mais ligeira face ao mês de julho. Já a de seis meses, está a ser uma subida muito, muito ténue a estabilizar. No caso da Euribor a 12 meses, vem numa tendência de decréscimo face a julho. É a primeira vez que a Euribor, nomeadamente, a de 12 meses, apresenta esta tendência desde que entrou em terreno positivo”, explicou, à SIC, a jurista da DECO, Elisabete Policarpo

O Banco Central Europeu ainda não disse se e quando vai deixar de aumentar os juros, talvez por isso muitos dos portugueses que podem acabam por amortizar os empréstimos e muitos mais terão desistido de pedir dinheiro ao banco.

O que é certo é que pela primeira vez desde 2018, o montante emprestado para a compra de casa caiu, revelam os números do Banco de Portugal.