Marcelo Rebelo de Sousa este na festa do livro em Belém, Lisboa e considerou, esta quinta-feira à tarde, que apesar da situação da inflação estar melhor em Portugal do que na União Europeia, teme que "o Banco Central Europeu possa ter a pressão para um novo aumento das taxas de juro".
" A média da Europa está nos 5,5%, que é acima dos 3,7% que ficou a subida de 0,6%, agora em Portugal", referiu Marcelo.
"Esperávamos uma folga agora em setembro. Vamos ver que outros números saem até à altura da reunião, mas isso não é uma boa notícia para todos aqueles que tem os seus contratos com a banca e que olham para juros mês após mês a subirem", sublinhou.
O Presidente da República apontou um segundo problema: "o segundo trimestre foi de 0% de crescimento para o país. O que nos chega da Europa é que há países que têm mesmo uma situação de não arranque. Bem pior do que a portuguesa".
Compasso de espera para uma recuperação
Para o chefe de Estado português a recuperação está a tardar devido a diversos fatores, tais como eleições norte-americanas, nos Países Baixos e o preço dos combustíveis, assim como "alguma incerteza económica, associada à incerteza política" e "isto pode explicar um compasso de espera numa recuperação que desejaríamos mais rápida".
Outro fator, que poderá prejudicar Portugal, são as previsões desfavoráveis em relação ao turismo na Europa.
Orçamento de Estado
"O documento já vem numa fase avançada de elaboração. (...) dentro do espaç disponível vai haver a preocupação de poupar Portugtal àquilo que seja indevidamente adicional", sendo que o Governo já anunciou que não pretende pedir mais empréstimos ao PRR.